terça-feira, 1 de dezembro de 2020

 Uma mensagem de Natal para ajudar a entender no sentido cultural.


Cordel natalino

 

Chegando o mês de dezembro 

Também chega o sentimento

Da paz e fraternidade 

Gerando no envolvimento, 

Que há cerca de dois mil anos,

De todos no movimento.

 

Ao Natal se referindo, 

Da mensagem que transmite,

Por símbolos hoje usados 

Em nosso povo se admite, 

Da mistura de culturas,

Harmonizado o convite. 

 

Dos símbolos natalinos 

Têm a árvore, o Presépio 

E o Papai Noel juntar

Nesta mescla de princípios 

De tantas partes da Terra

Para um mundo tão volúpio. 

 

Na árvore, um bom pinheiro,

Tem no seu topo uma estrela, 

A de Davi em indicar 

Onde Jesus se revela 

Com a sua forte luz,

Nobre, divina e singela.

 

Representa o tal pinheiro

A luz divina celeste

Do verde da esperança

Com sagrados brilhos veste

Até o augusto presépio 

Cobrindo Cristo reveste.

 

Brilhos e doces confetes 

Sobre o do presépio ungido

Lugar da humildade símbolo 

Da família cingido 

Contraste do poder térreo  

E da opressão intangido. 

 

No presépio, este se abriga,

A boa e Sagrada Família  

Envolta do Grão Messias 

Simbolizando em vigília 

A unidade da nação 

Em importante homilia.

 

Ainda, em visita, os Reis Magos,

Das nações representante

Do velho mundo sabido 

Dando boas-vindas ao infante, 

Da Europa, Ásia e da África, 

O Salvador instigante.

 

Então o papai Noel veio  

Completar a cerimônia

De origem lendária nórdica,

No grado da epifania 

De um comercial viral  

Se juntou na sintonia.

 

Montando com a família 

O símbolo natalino, 

Do sentimento Cristão,

Na proposta do Divino, 

Reforçando o amor fraterno 

Da mensagem do Menino.

domingo, 13 de setembro de 2020

As fábulas de La Fontaine em cordel (ou quase)

A raposa, o lobo e o cavalo


Uma raposa existia

Jovem ainda, mas astuta  

Viu pela vez primeira 

Um cavalo diminuta

E dizendo a certo lobo 

De natureza matuta:


“Um animal venha ver!

Tão galante e corpulento 

Que em nossa terra passeia!

Encantada ainda acalento!

Uma visão se parece!”

Disse para o desatento.


"Do que nós dois é mais forte?"

Rindo o lobo perguntou.

E a raposa respondeu:

“Quem sabe a sorte o enviou!”

Onde o cavalo pastava

A dupla se apresentou. 


Ao vê-los, o cavalo 

Nenhuma graça sentiu.

Daquelas tais sorrateiras 

Criaturas ressentiu.  

“Senhor”, declamou a raposa, 

“Qual o seu nome?”, pediu.


Como não era bobó 

Respondeu-lhes o cavalo:

“Leiam meu nome, senhores;

O ferreiro no seu embalo 

Na ferradura o escreveu.”

Mostrando bem seu regalo.


Se desculpando a raposa 

Disse que pouco estudou. 

“Por meus pais deveras pobres 

Para a escola me vetou!

Já os do lobo, no caso,

Que são ricos, frequentou.”


O lobo tanto se achando 

Com a tal declaração 

Dos dois mais se aproximou 

O que custou a adulação?

Um par de coices no vento  

E seus dentes ao chão. 


Por terra o infeliz rolou 

Todo tonto e ensanguentado. 

"Irmão", disse-lhe a raposa,

“O que o atingiu acertado, 

Desconfiar dos estranhos,

Confirma bem o ditado.”